sexta-feira, 14 de março de 2008

Ai, é tudo lindo

Se no final de 2007 [um ano inesquecível, né não sêo Rud?] viesse tipo o Yoda [use sua imaginação] e falasse 'Rorschach irá você gostar de Caetano, e para peregrina uma carta mandará (e um pila gastará num bottom do Distillers para ela), e por cima ainda num show do Fish Dead irá', eu puxaria aquelas duas orelhas e arrancaria seus braços tipo o Chewbacca faz naquele jogo massa do Lego Star Wars.

Mas o Yoda é sempre filho da puta.

Rorschach 2008 - Um compêndio lírico de escárnio, dor e tosse comprida.

[mas Caetano só até 75]

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

All my friends

Estava eu fazendo um toddy com sono e a TV ligada na Globo (minha mãe tinha assistido o Big Brother) e estava começando essa mini-série 'Queridos Amigos'. Me interessei vendo várias imagens bem rápidas d'O Sétimo Selo, Jules and Jim, Um Cão Andaluz, Blow-Up, mas logo percebi que essas imagens foram usadas duma maneira muito cretina.
Pense n'As Invasões Bárbaras (um grande filme, amargo e crítico na medida certa) feito pela Globo, com toda aquela profundidade que a palavra 'Globo' carrega e os mesmos atores de sempre fazendo os mesmos papéis de sempre. E As Invasões Bárbaras descarado, desde os intelectuais falando putaria, o professor que comia a aluna, a doença terminal, todos se reunindo nesse momento fatídico.
Trágico. Tão trágico a ponto de eu me prestar a escrever algo no SFS.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Helio Sequence



Helio Sequence - Keep your eyes ahead - 2008


Vou começar me livrando dessas acusações falsas do meu "parceiro" de blog, na última postagem ele afirmou que eu, Rudgero, sou fã de "The O.C.", sendo que isso, é uma mentira deslavada, confesso que já assisti alguns capítulos, mas não sou um fã, nem de longe. Já feita minha defesa, vamos ao que interessa. Chego a vocês, caros leitores, essa semana com "Keep your eyes ahead" o quarto disco da banda The Helio Sequence. Já, que a internet é um meio de comunicação em que, falamos o que queremos, resenharei esse álbum como quiser.

Imagine então, você está andando por aí tranquilamente e derrepente você você se encontra com "Lately" a música que abre o disco, ela vai jogando uma conversa fiada em você, falando para você dar uma passadinha lá aonde os olhos são mantidos adiante, no caminho, você percebe uma tristeza grande em "Lately", então, você vê uma banquinha no caminho, e para para comprar um chicletes, pois o seu bafo está de matar, "Can't say no" te atende, e vai com a sua cara, mas daí você olha para trás e não acha mais "Lately", logo, pergunta para "Can't Say No" aonde fica a tal vila aonde os olhos são matidos adiante, e como ela gostou de você, ela resolve fechar a banquinha e te acompanhar até um pedaço, você se alegra com ela e começa a mascar o chiclete, mas as pessoas desse lugar parecem ser muito estranhas, elas vão sumindo aos poucos e sendo substituidas por outras, "The Captive Mind" aparece, dizendo que também está a procurar do tal vilarejo. "You Can Come to Me" aparece, a caminhada agora é a três, a amarga "Shed Your Love" informa que vocês já estão quase lá, só faltam mais alguns passos, você encherga de longe uma neblina bastante densa, vê algumas pessoas andando, meio cabisbaixas, você pensa em dar meia volta e voltar para casa, pensa em desistir da jornada, mas você já está tão perto que quer dar sequência na caminhada e chegar logo. Você entra, escuta sons, seus amigos já se dissiparam na neblina, você não mais os encherga, mas você avista alguém, ela vem vindo, se apresenta, você logo tem uma boa impressão, ela se chama "Keep Your Eyes Ahead", tem o nome da pequena vila, e é a "coisa" mais bonita daquele lugar, sua presença lhe faz bem, mas você fecha os olhos por um segundo e poft!, você não encherga mais nada, quando percebe, já está tomando o rumo de volta a velha casa, você começa a lembrar de pessoas, "Back to This", depois vem na sua cabeça "Hallelujah" tão alegre, tão bonitinha, "Broken Afternoon" vem como um flash e você chega em casa, e a última lembrança é "No Regrets". Por fim, você dorme, para outro longo dia.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Faixa 4 - Old Highs New Lows (Resumindo o texto no título de uma das faixas da bomba resenhada)

“Stupid Now” abre District Line e a sensação atroz de estar ouvindo Dashboard Confessional atinge a espinha. Você diz “Oras, é um disco do Bob Mould, o cara do Husker Du, que nos anos 80 gloriosamente abriu caminho para o emo e outros hardcores mais ‘sensíveis’”. Eu respondo “Real, mas o HD nunca teve um refrão bunda como o encontrado nessa música”. Podia ser muito bem uma música infeliz, “o cara tá véio”, tantas coisas. Mas o que me dizem do VOCODER logo após o refrão? Experimentalismo? Se ele tava procurando parecer “Believe” da CHER (é, ela mesma), acertou em cheio. Pelo menos tem um título bem apropriado.
Outro nefasto flerte eletrônico-brega é “Shelter Me”, com batidas disco e os péssimos timbres que pontuam o disco. Mas ao longo das 10 faixas o que mais irrita mesmo é o gosto de trilha do O.C. (perguntem ao sr. Rudgero, fã da série).
Seja nos manjadíssimos violões, nos manjadíssimos refrãos, nos manjadíssimos solos com os manjadíssimos efeitos modernos (tão modernos que chegam a ser datados), fora as manjadíssimas viradas de bateria ridiculamente mal gravada. A voz de Bob, caricata e fraca, também incomoda. O que eu quis dizer é que está tudo errado.
Não, nem tudo. As letras são digníssimas (como se espera de alguém que fez um disco brutalmente emocional como Warehouse: Songs and Stories). Mas elas obviamente não salvam o disco. E pode-se dizer que “The Silence Between Us” escapa da vala, afinal, seria uma música mediana do Nada Surf, com mais amargor e guitarras mais pesadas no refrão (e talvez um sintetizador palha depois deste).
Quando ele é clichê ele erra, quando ele tenta inovar ele erra.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Say Hi



Say Hi - The Wishes and the Glitch - 2008

Eric Elbogen, junto ao agora Say Hi, apresenta mudanças nos rumos da banda, a primeira, foi o encurtamento do nome, Say Hi to Your Mom, virou apenas Say Hi, o que convenhamos soar bem melhor, Say Hi to Your Mom é um nome um tanto quanto idiota, lembra "American Pie" e coisas medíocres do gênero, mas, voltando ao assunto, "The wishes and the glitch" é um álbum que muda um pouco a cara mais lo-fi do Say Hi, é um disco daqueles indie-pop's com toques eletrônicos bastante clichê. Ele abre com 'Northwestern Girls', já colocando toda sua emoção, chegando até a súplicar no refrão, uma boa canção. 'Shakes Her Shoulders' é calma e passiva, 'Back Before We Were Brittle' é outro destaque do disco, tem uma entrada cheia de referências, uma boa sonoridade, aliás, o ponto forte do disco é sua sonoridade agradável. 'Magic Beans And Truth Machines' é toda "please, please" e tal, tem uma "bonitinhez" deliciosa.'Bluetime' e 'Spiders' são canções poderosas, o ponto forte do álbum, o real deleite do rápido LP. 'Zero to Love' é a hora em que o clichê aparece em grande forma. Em 'Apples For The Innocent' a fúria que parece querer se apresentar ao longo do disco, logo é contida por toda a calmaria habitual. 'We Lost The Albatross' é o fim, chega com toda a solidão e tristeza. Bom, o que não mudou foi a capa do disco, os cinco já lançados possuem esses robozinhos, que são até bem legais.
O Say Hi sempre passa meio despercebido pelo público indie, acho que essa é a hora de todos darem um votinho de confiança e procurarem escutar o disco de alguma forma. Para maiores informações: http://www.sayhitoyourmom.com/ , o site da banda possui bastante informações e mp3 para download.