sexta-feira, 14 de março de 2008

Ai, é tudo lindo

Se no final de 2007 [um ano inesquecível, né não sêo Rud?] viesse tipo o Yoda [use sua imaginação] e falasse 'Rorschach irá você gostar de Caetano, e para peregrina uma carta mandará (e um pila gastará num bottom do Distillers para ela), e por cima ainda num show do Fish Dead irá', eu puxaria aquelas duas orelhas e arrancaria seus braços tipo o Chewbacca faz naquele jogo massa do Lego Star Wars.

Mas o Yoda é sempre filho da puta.

Rorschach 2008 - Um compêndio lírico de escárnio, dor e tosse comprida.

[mas Caetano só até 75]

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

All my friends

Estava eu fazendo um toddy com sono e a TV ligada na Globo (minha mãe tinha assistido o Big Brother) e estava começando essa mini-série 'Queridos Amigos'. Me interessei vendo várias imagens bem rápidas d'O Sétimo Selo, Jules and Jim, Um Cão Andaluz, Blow-Up, mas logo percebi que essas imagens foram usadas duma maneira muito cretina.
Pense n'As Invasões Bárbaras (um grande filme, amargo e crítico na medida certa) feito pela Globo, com toda aquela profundidade que a palavra 'Globo' carrega e os mesmos atores de sempre fazendo os mesmos papéis de sempre. E As Invasões Bárbaras descarado, desde os intelectuais falando putaria, o professor que comia a aluna, a doença terminal, todos se reunindo nesse momento fatídico.
Trágico. Tão trágico a ponto de eu me prestar a escrever algo no SFS.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Helio Sequence



Helio Sequence - Keep your eyes ahead - 2008


Vou começar me livrando dessas acusações falsas do meu "parceiro" de blog, na última postagem ele afirmou que eu, Rudgero, sou fã de "The O.C.", sendo que isso, é uma mentira deslavada, confesso que já assisti alguns capítulos, mas não sou um fã, nem de longe. Já feita minha defesa, vamos ao que interessa. Chego a vocês, caros leitores, essa semana com "Keep your eyes ahead" o quarto disco da banda The Helio Sequence. Já, que a internet é um meio de comunicação em que, falamos o que queremos, resenharei esse álbum como quiser.

Imagine então, você está andando por aí tranquilamente e derrepente você você se encontra com "Lately" a música que abre o disco, ela vai jogando uma conversa fiada em você, falando para você dar uma passadinha lá aonde os olhos são mantidos adiante, no caminho, você percebe uma tristeza grande em "Lately", então, você vê uma banquinha no caminho, e para para comprar um chicletes, pois o seu bafo está de matar, "Can't say no" te atende, e vai com a sua cara, mas daí você olha para trás e não acha mais "Lately", logo, pergunta para "Can't Say No" aonde fica a tal vila aonde os olhos são matidos adiante, e como ela gostou de você, ela resolve fechar a banquinha e te acompanhar até um pedaço, você se alegra com ela e começa a mascar o chiclete, mas as pessoas desse lugar parecem ser muito estranhas, elas vão sumindo aos poucos e sendo substituidas por outras, "The Captive Mind" aparece, dizendo que também está a procurar do tal vilarejo. "You Can Come to Me" aparece, a caminhada agora é a três, a amarga "Shed Your Love" informa que vocês já estão quase lá, só faltam mais alguns passos, você encherga de longe uma neblina bastante densa, vê algumas pessoas andando, meio cabisbaixas, você pensa em dar meia volta e voltar para casa, pensa em desistir da jornada, mas você já está tão perto que quer dar sequência na caminhada e chegar logo. Você entra, escuta sons, seus amigos já se dissiparam na neblina, você não mais os encherga, mas você avista alguém, ela vem vindo, se apresenta, você logo tem uma boa impressão, ela se chama "Keep Your Eyes Ahead", tem o nome da pequena vila, e é a "coisa" mais bonita daquele lugar, sua presença lhe faz bem, mas você fecha os olhos por um segundo e poft!, você não encherga mais nada, quando percebe, já está tomando o rumo de volta a velha casa, você começa a lembrar de pessoas, "Back to This", depois vem na sua cabeça "Hallelujah" tão alegre, tão bonitinha, "Broken Afternoon" vem como um flash e você chega em casa, e a última lembrança é "No Regrets". Por fim, você dorme, para outro longo dia.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Faixa 4 - Old Highs New Lows (Resumindo o texto no título de uma das faixas da bomba resenhada)

“Stupid Now” abre District Line e a sensação atroz de estar ouvindo Dashboard Confessional atinge a espinha. Você diz “Oras, é um disco do Bob Mould, o cara do Husker Du, que nos anos 80 gloriosamente abriu caminho para o emo e outros hardcores mais ‘sensíveis’”. Eu respondo “Real, mas o HD nunca teve um refrão bunda como o encontrado nessa música”. Podia ser muito bem uma música infeliz, “o cara tá véio”, tantas coisas. Mas o que me dizem do VOCODER logo após o refrão? Experimentalismo? Se ele tava procurando parecer “Believe” da CHER (é, ela mesma), acertou em cheio. Pelo menos tem um título bem apropriado.
Outro nefasto flerte eletrônico-brega é “Shelter Me”, com batidas disco e os péssimos timbres que pontuam o disco. Mas ao longo das 10 faixas o que mais irrita mesmo é o gosto de trilha do O.C. (perguntem ao sr. Rudgero, fã da série).
Seja nos manjadíssimos violões, nos manjadíssimos refrãos, nos manjadíssimos solos com os manjadíssimos efeitos modernos (tão modernos que chegam a ser datados), fora as manjadíssimas viradas de bateria ridiculamente mal gravada. A voz de Bob, caricata e fraca, também incomoda. O que eu quis dizer é que está tudo errado.
Não, nem tudo. As letras são digníssimas (como se espera de alguém que fez um disco brutalmente emocional como Warehouse: Songs and Stories). Mas elas obviamente não salvam o disco. E pode-se dizer que “The Silence Between Us” escapa da vala, afinal, seria uma música mediana do Nada Surf, com mais amargor e guitarras mais pesadas no refrão (e talvez um sintetizador palha depois deste).
Quando ele é clichê ele erra, quando ele tenta inovar ele erra.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Say Hi



Say Hi - The Wishes and the Glitch - 2008

Eric Elbogen, junto ao agora Say Hi, apresenta mudanças nos rumos da banda, a primeira, foi o encurtamento do nome, Say Hi to Your Mom, virou apenas Say Hi, o que convenhamos soar bem melhor, Say Hi to Your Mom é um nome um tanto quanto idiota, lembra "American Pie" e coisas medíocres do gênero, mas, voltando ao assunto, "The wishes and the glitch" é um álbum que muda um pouco a cara mais lo-fi do Say Hi, é um disco daqueles indie-pop's com toques eletrônicos bastante clichê. Ele abre com 'Northwestern Girls', já colocando toda sua emoção, chegando até a súplicar no refrão, uma boa canção. 'Shakes Her Shoulders' é calma e passiva, 'Back Before We Were Brittle' é outro destaque do disco, tem uma entrada cheia de referências, uma boa sonoridade, aliás, o ponto forte do disco é sua sonoridade agradável. 'Magic Beans And Truth Machines' é toda "please, please" e tal, tem uma "bonitinhez" deliciosa.'Bluetime' e 'Spiders' são canções poderosas, o ponto forte do álbum, o real deleite do rápido LP. 'Zero to Love' é a hora em que o clichê aparece em grande forma. Em 'Apples For The Innocent' a fúria que parece querer se apresentar ao longo do disco, logo é contida por toda a calmaria habitual. 'We Lost The Albatross' é o fim, chega com toda a solidão e tristeza. Bom, o que não mudou foi a capa do disco, os cinco já lançados possuem esses robozinhos, que são até bem legais.
O Say Hi sempre passa meio despercebido pelo público indie, acho que essa é a hora de todos darem um votinho de confiança e procurarem escutar o disco de alguma forma. Para maiores informações: http://www.sayhitoyourmom.com/ , o site da banda possui bastante informações e mp3 para download.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Oscar 2008


Enfim, entregarão o bonequinho de ouro no dia 24 de fevereiro, no Kodak Theatre, em Hollywood. Lembrando que esta é a 80ª edição do Oscar.


Melhor ator
George Clooney ("Conduta de Risco")
Daniel Day Lewis ("Sangue Negro")
Tommy Lee Jones ("No Vale das Sombras")
Viggo Mortensen ("Senhores do Crime")
Johnny Depp ("Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet")

Melhor ator coadjuvante
Casey Affleck ("O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford")
Javier Bardem ("Onde os Fracos Não Têm Vez")
Philip Seymour Hoffman ("Jogos do Poder")
Hal Holbrook ("Na Natureza Selvagem")
Tom Wilkinson ("Conduta de Risco")

Melhor atriz
Cate Blanchet ( "Elizabeth: A Era de Ouro")
Julie Christie ("Longe Dela")
Marion Cotillard ("Piaf - Um Hino ao Amor")
Laura Linney ("The Savages")
Ellen Page ("Juno")

Melhor atriz coadjuvante
Cate Blanchett ("Não Estou Lá")
Ruby Dee ("O Gângster")
Saoirse Ronan ("Desejo e Reparação")
Amy Ryan ("Gone Baby Gone")
Tilda Swinton ("Conduta de Risco")

Melhor filme
"Conduta de Risco"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"
"Desejo e Reparação"
"Juno"

Melhor filme de animação
"Ratatouille" (Brad Bird)
"Tá Dando Onda" (Ash Brannon and Chris Buck)
"Persépolis" (Marjane Satrapi and Vincent Paronnaud)

Melhor diretor
Tony Gilroy ("Conduta de Risco")
Jason Reitman ("Juno")
Julian Schnabel ("O Escafandro e a Borboleta")
Paul Thomas Anderson ("Sangue Negro")
Ethan e Joel Coen ("Onde os Fracos Não Têm Vez)
Melhor direção de arte
"O Gângster"
"Desejo e Reparação"
"A Bússola de Ouro"
"Sweeney Todd - o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet"
"Sangue Negro"

Melhor fotografia
"O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford"
"Desejo e Reparação"
"O Escafandro e a Borboleta"
Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"

Melhor figurino
"Across the Universe"
"Desejo e Reparação"
"Elizabeth: A Era de Ouro"
"Piaf - um hino ao amor"
"Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet"

Melhor documentário
"No End in Sight"
"Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience"
"Sicko"
"Taxi to the Dark Side"
"War/dance"

Melhor documentário de curta-metragem
"Freeheld"
"La Corona"
"Salim Baba"
"Sari's Mother"

Melhor edição
"O Ultimato Bourne"
"O Escafandro e a Borboleta"
"Na Natureza Selvagem"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"

Melhor filme estrangeiro
"The Counterfeiters" (Stefan Ruzowitzky - Áustria)
"Beaufort" (Joseph Cedar - Israel)
"Katyn" (Andrzej Wajda - Polônia)
"12" (Nikita Mikhalkov - Rússia)
"Mongol" (Sergei Bodrov - Cazaquistão)

Melhor maquiagem
"Piaf - Um Hino ao Amor"
"Norbit"
"Piratas do Caribe - No Fim do Mundo"

Melhor trilha sonora original
"Desejo e Reparação" (Dario Marianeli)
"O Caçador de Pipas" (Alberto Iglesias)
"Conduta de Risco" (James Newton Howard)
"Ratatouille" (Michael Giacchino)
"3:10 to Yuma" (Marco Beltrami)

Melhor canção original
"Falling Slowly" (Glen Hansard e Marketa Irglova - "Once")
"Happy Working Song" (Alen Menken e Stephen Schwartz - "Encantada")
"Raise It Up" (Autor a ser determinado - "August Rush")
"So Close" (Alan Menken e Stephen Schwartz - "Encantada")
"That's How You Know" (Alan Menken e Stephen Schwartz - "Encantada")
Melhor curta-metragem
"At Night"
"Il Supplente"
"Le Mozart des Pickpockets"
"Tanghi Argentini"
"The Tonto Woman"

Melhor animação de curta-metragem
"I Met the Walrus"
"Madame Tutli-Putli"
"Meme Lês Pigeons Vont au Paradis"
"My Love"
"Peter and the Wolf"

Melhor edição de som
"O Ultimato Bourne"
"Ratatouille"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"
"Transformers"

Melhor mixagem de som
"O Ultimato Bourne"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Ratatouille"
"3:10 to Yuma"
"Transformers"

Melhor efeito especial
"A Bússola de Ouro"
"Piratas do Caribe - No Fim do Mundo"
"Transformers"

Melhor roteiro adaptado
"O Escafandro e a Borboleta"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Desejo e Reparação"
"Longe Dela"
"Sangue Negro"

Melhor roteiro original
"Juno"
"Lars and the Real Girl"
"Conduta de Risco"
"Ratatouille"
"The Savages"

sábado, 2 de fevereiro de 2008

frases cinematográficas martelando over and over



"Esqueça, Jake. É Chinatown."

E a câmera sobe diante do caos duma até então pequena L.A. e um inconfundível jazz noir atinge as têmporas em um dos finais mais amargos de todos de um dos maiores filmes de todos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Lee Hazlewood – Requiem for an Almost Lady (1971)



“In the beginning there was nothing… but was kinda fun to watch nothing grow”.

Basta uma frase pra você ser jogado numa atmosfera Sergio Leone e basta um violão nostálgico tilintar pra você ver que talvez bem mais que isso. Ao invés do Charles Bronson chegar num trem tocando gaita, o que é aqui apresentado é algo que poderia ser. “You came walking into my life, carrying your own dreams. You could be, yeah, you could be good. Then why are you so God damned mean?” lamenta na abertura “I’m Glad I Never”. E “Be sure glad I never owned a gun”, alerta. Tudo se acabou, acabar com a vida de um ou de outro? Agora resta o pesar e tentar se recuperar, não? Essa é uma maldita lógica e aí entra Requiem for an Almost Lady.
Lee Hazlewood é influência básica para Tindersticks, Nick Cave, Lambchop e outros torturados, mas foi mais conhecido (pero no mucho) por compor diversas canções para a Nancy Sinatra (até interpretou algumas em conjunto), como “Some Velvet Morning” e “These Boots are Made for Walkin’”.
Arranjador experimental (vide o cultuado “Cowboy in Sweden”) e um letrista ríspido e por vezes hostil, aqui se mostra sóbrio. Na supracitada abertura ainda é sardônico assim como na animada (afinal, é a penúltima e ele está superando esse mal do amor) “Must Have Been Something I Loved” e na última e renovadora “I’d Rather Be Your Enemy”. Mas durante os 25 minutos e meio de duração do disco o que predomina são músicas universalmente belas e de fácil identificação como “Come on Home to Me” e “If It’s Monday Morning”. Um clássico da decepção amorosa, atemporal e humano.
Barton Lee Hazlewood morreu em 4 de agosto de 2007, aos 78 anos, motivo oportuno para ser redescoberto, mas até agora que eu saiba não relançaram nada do cara. Uma pena.


“And in the end there was nothing... but believe me, there was no fun waiting for nothing to end"

A seguir é mais uma sessão copiada de outras publicações (se você for um pouco esperto perceberá que é um genérico da saudosa Discoteca Básica da Bizz), e nós publicamos porque temos vontade, o que sugere que se nós quisermos escrever uma resenha elogiando os Ecos Falsos, nós escreveremos, e a você não resta nada além de nos visitar no pinel (o que se você for um pouco esperto perceberá que nós não temos a manha/cara de pau/burrice/etc. de fazer, mas eu respeito o Tom Zé por conseguir faze-lo, e ainda mais o Sergio Dias por xingá-los).
E nessa sessão publicamos discos que merecem ser ouvidos, seja por sua influência notável, por sua coesão, ou por simplesmente nós gostarmos muito deles e acharmos que eles merecem ser propagandeados. Preferência para discos subestimados/esquecidos, afinal, acho que você não agüenta mais ouvir elogios ao Sgt. Peppers (apesar de que eu não gosto muito desse), Astral Weeks, Pet Sounds, Blonde on Blonde...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

You! Me! Dancing!


Los Campesinos! - Hold on now, youngster... - 2008


Los campesinos é mais uma daquelas bandas em que os integrantes adotam o mesmo sobrenome, no caso, Campesinos, e fazem aquele rock rápido, energético e direto, prontos para conquistar os jovens corações em fúria, e, é apenas isso, não á nada que ao escutar "You! me! dancing!" não seja explicado, o álbum começa com "Death to Los Campesinos!" e até terminar o disco você pensa que está escutando a mesma música mas, o detalhe é que quanto mais você escuta mais gosta, acho que essa era a intenção deles, ganharnos na insistência.


terça-feira, 29 de janeiro de 2008

carajo!


Mars Volta é bizarro, né? Depois de quatro discos parece cada vez mais distante a idéia que as duas mentes principais dessa arma de destruição em massa eram as duas mentes principais da saudosa At the Drive-in (que um amigo meu nesse blog odeia, chama de screamo). Na verdade, ninguém mais nem chega a citar o ATD-I. E ainda tem o John Frusciante fazendo algo digno de sua pessoa criativa (Stadium Arcadium?). E se antes o Mars Volta tinha toda aquela coisa progressiva post-hardcore (pára um pouquinho, descansa um pouquinho), isso não está tão presente aqui. Ainda é rock progressivo (você encontra diversas músicas influenciadas por King Crimson, além de flautinhas em “Cavalettas”, e é um disco conceitual sobre o poder do oculto inspirado numa tábua Ouija), mas sem muito descanso. Na verdade arrisco dizer que tá mais pra um Mr Bungle sem piadinhas e carregado no thrash metal. Sem muitas paradas pra descansar, sempre experimentando com tape loops e vocais esquizofrênicos, além dos habituais flertes com free jazz. Fraturado e complexo, com os vocais fortes de Omar Rodriguez Lopez (cada vez mais anasalados) e a demolição guitarrística de Cedric Bixler-Zavala. Vide as duas faixas de abertura, “Aberinkula” e “Metatron”, ensurdecedoramente belas. Mas só em “Ilyena”, terceira faixa que o Mars Volta mostra qual é o plus do álbum (além do volume altíssimo a lá Acid Mothers Temple): grooves. Depois do começo esquisito, vem um baixo marcante roubado do Larks Tongues in Aspic e guitarras descaradamente Hendrix. “Wax Simulacra”, o single, soa como um Don Caballero (cortesia do novo e monstruoso baterista) nos anos 70. E com um final bem Battles.
O disco se sustenta por mais de uma hora (obviamente com uns momentos cansativos, como “Askepios”), supera o Amputechture (tem momentos que empatam com os do De-Loused in Comatorium, um dos melhores discos desse século, caso você não saiba) e supre a necessidade dum disco barulhento e original (porque o último do Icarus Line foi uma decepção, viu). Enquanto estiver assim, ótimo.

Nonsense






Quem não conhece o Woody Allen? acho que todo mundo já viu um filme dele até sem querer e deu umas boas risadas. Desde "What's new, pussycat?" de 65, passando por filmes maiores como "Bananas" 71, "Annie Hall" 77, "Manhatann" 79, "Celebrity" 98 e "Match Point" 05, ele vem fazendo filmes abordando temas como arte, religião, romance... com todo um humor sofisticado e peculiar mas, não para por ai, ele é clarinetista de jazz amador e também escritor, e é sobre seus livros que vamos falar.

Após quase trinta anos sem publicar nenhuma de suas antologias humorísticas chega "Fora de órbita". O livro foi lançado no Brasil na segunda metade de dezembro e vem com todo aquele charme típico das suas primeiras publicações, como "Que loucura!", "Sem Plumas" (meu favorito) e "Cuca Fundida", mais uma vez ele lança suas crônicas recheadas de humor no ritmo nonsense, sempre apostando nas satiras teocentristas e na sua própria filosofia sobre as coisas que acontecem na nossas vida, ou as que não acontecem também, resumindo tudo, é um livro divertido, Woody ainda não perdeu a graça. Na verdade um cara que fala que "sexo é a coisa mais divertida que eu fiz sem rir" nunca perderá.



mundo pequenino

É um mundo pequeno. Você nem tem que viver muito pra aprender uma coisa dessas sem que ninguém lhe ensine. Existe uma teoria sobre como no mundo inteiro só existem 500 pessoas reais (o elenco, por assim dizer; todas as outras pessoas do mundo, diz a teoria, são figurantes) e todas se conhecem. E isso é verdade, na medida do possível. Na realidade, o mundo contém milhares e milhares de grupos de mais ou menos 500 pessoas que passarão a vida se encontrando, se evitando, se esbarrando numa improvável casa de chá em Vancouver. O processo é inevitável. Não é sequer coincidência. É apenas a maneira como o mundo funciona, sem consideração pelos indivíduos ou pela adequação.
("Os Filhos de Anansi", Neil Gaiman)

E isso mais uma vez faz um sentido absurdo.
Bom dia.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Quero ser Lester Bangs

Vai soar metalingüístico fazer uma crítica sobre a crítica?
'Pop sofisticado', todos eles falam, 'já é um dos melhores do ano', 'cartão de visitas', 'petardo', 'catártico', 'visceral', 'marca a evolução da banda', 'começa já conquistando novos fãs', etc, etc, etc.
Vai soar indulgente eu me colocar junto disso tudo e pedindo desculpa pela falta de criatividade?

garota jamque

No Milk Today - Garota Junkie

Eu te trombei no pogo
num show lá no porão
cortou minha boca e o meu coração
os punks também amam
cachaça no tubão
garota junkie, minha alucinação

Garota junkie
minha heroína é você
estope minhas veias
entorpece meu corpo até o amanhacer


Pode argumentar como quiser, que rock pode ser até "Uapabalumauabembum", que é despretensioso e o caralho a quatro (desde que tenha boa melodia, mas não é o caso aqui), mas some isso com um inconfundível sotaque curitibano, uma banda cujos integrantes já são balzacos e aquela produção de CD pra Gazeta do Povo e temos aí um bom exemplo de constrangimento.
Isso que dá ouvir rádio domingo de manhã. Tentarei não repetir o erro.

eu amo o carrefour



Fargo por 12,90 é um baita motivo pra se alegrar, não? Mesmo não sendo widescreen (é aquele meia-boca que não é nem tela cheia nem aquele fininho bem massa), eu tinha visto o filme numa VHS ruim numa noite de sono e não me lembrava direito, mas o filme é realmente muito bom. Impressionante o modo que a história (verídica mas ao mesmo tempo parecendo tão absurda) é contada, de modo tragicômico e usando de pequenos estereótipos pra construir personagens carismáticos e fortes. Frances McDormand ganhou o Oscar merecidamente, e Steve Buscemi faz o falastrão que estamos acostumados a vê-lo fazer.
E aproveitando a expectativa para o lançamento de Onde os Fracos Não Têm Vez (filme indicado para 8 Oscars e favorito para o de Melhor Filme) para nós aqui embaixo, vai aí um top 5 pessoal Irmãos Coen:

1. O Homem Que Não Estava Lá (2001)
2. Gosto de Sangue (1984)
3. O Grande Lebowski (1998)
4. Fargo (1994)
5. Ajuste Final (1990)

Será que o novo vai mudar essa lista? Curte os irmãos Coen? Tem um top 5? Comente (se é que tem alguém que lê isso aqui)!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Dylan




Bob Dylan, faz sua quarta visita ao Brasil no mês de março de 2008, seus shows foram confirmados para os dias 5 e 6 no Via Funchal em São Paulo e dia 8 no Rio De Janeiro, no Rio Arena, os preços ainda não foram divulgados, nem as datas de vendas. A sua vinda, faz parte da turnê 'Never Ending Tour' pela América Latina, estão incluidos também nessa turnê Argentina, Uruguai, México e Chile.

Dylan, Já veio ao Brasil em 1990, 1991 e a última vez, abrindo os Rolling Stones em 1998. Seu último disco foi o "Modern Times" de 2006, ano passado foi lançado uma copilação de sucessos chamada "Dylan". Os boatos rolam, sobre uma nova copilação que sera lançada em março na Inglaterra, com o título de "Re-Transmission".

Agora é só esperar para as confirmações de preços e incio de vendas e lá vamos nós.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

só eu acho um baita desrespeito comer apenas o recheio da bolacha recheada e deixar a outra parte?

mais uma banda com uma mina que tem a voz que lembra a da björk


Rótulo tosco esse “stoner rock”, afinal, sabemos que desde sempre as realidades induzidas estão presentes no mundo do rock. Assim eram chamadas algumas das bandas da costa oeste americana que praticavam um metal distorcido e psicodélico, inspirado em Blue Cheer e Hawkwind, como Kyuss (a banda que revelou Josh Homme, que caso você esteve em coma desde 98 é o guitarrista e vocalista do maravilhoso Queens of the Stone Age, além de Eagles of Death Metal e Desert Sessions) e Monster Magnet.
E o Black Mountain, banda canadense que agora lança seu segundo disco, tem muito a ver com isso. Vide a bordoada “Stormy High” que abre o disco, cheia de ecos e hammonds (e ainda começa com uns acordes que lembram Mogwai). Mas depois disso o repertório é variado e original, passando por folks, distorções, peso e quase 17 minutos de lisergia e rifferio pesado na épica “Bright Lights”. Isso tudo sempre bem temperado com synths de timbres de bom gosto, vocais masculino/feminino e outros detalhes que fazem muita diferença. Talvez não ajude eu disser que Stephen McBean, vocalista, guitarrista e compositor do BM montou nos anos 90 o Jerk With a Bomb (WTF?) mas está aí um bom disco de rock chapado nos anos 00 (junto com os do Comets on Fire de Ben Chasny, que também comanda o magistral e prolífico Six Organs of Admittance).

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Apresentando Kevin Drew


Achei legal esse apresentando "Broken Social Scene Presents: Kevin Drew", mais no BSS deveriam ser apresentadas mais pessoas, pois, pessoas é o que não falta nessa banda, mas, estamos aqui para falar do disco. "Spirit If..." é um discasso, me desculpem não ter listado ele entre os dez mais do ano passado, foi porque eu não o escutei mesmo, atrasei a minha audição para essa semana, e me arrependo, porque o álbum é realmente muito bom, não sei se é porque eu simpatizo muito com as bandas canadenses e dai qualquer coisa que sai de lá eu já ouço com mais carinho e atenção. "Farewell to the pressure kids" abre o disco com uma certa fúria, que em pouco tempo já é contida e substituida por um clima ofegante que se torna aos poucos uma verdadeira súplica, e como já diz o ditado, depois da tempestade vem á calmaria, "TBTF" faz á função da calmaria, "f-ked up kid" embeleza o cd, "Safety Bricks" chega tranquilamente, entrando na sua alma aos poucos, um dos destaques do disco. "Broke me up" serve apenas para te romper. "Gang bang suicide" é realmente um deleite, outro destaque do disco, simplesmente deliciosa. "Big love" é demais, tem toda uma coisa meio "Casiotone For The Painfully Alone" com um vocal sussurado, mais um destaque pro disco. "Backed out on the" tem toda uma levada garageira, a melhor música do disco com toda a certeza. "Aging faces/Losing places" já é uma volta ao prazer que "safety bricks" causa, logo chega o fim com "When it begins" tipica de finais do Broken Social Scene. Escute isso!

sábado, 19 de janeiro de 2008

Trouble in Dreams


Destroyer - Trouble in Dreams - 2008

Hoje confesso estar meio sem palavras mas, o que dizer do Destroyer? dizer que é uma das bandas que melhor representa o cenário do rock Canadense? disso todos nós sabemos, ou pelo menos todos que escutaram a obra de arte "Destroyer's Rubies" de 2006 sabe. "Trouble in Dreams" veio apenas para confirmar o quão bom é o Destroyer, o mesmo em questão tem toda uma suavidade incrivel do inicio ao fim, e que inicio! "blue flower/blue flame" já te deixa no espirito do disco, e você sente toda a suavidade de que falo, logo chega "Dark leaves from a thread" e quando termina, é impossivel conter o sorriso no rosto, "Foam Hands" vai te conquistando aos poucos, "My Favorite Year" soa até meio inocente, "Shooting Rockets" representa os melhores 7 minutos e 59 segundos do álbum, "Introducing Angels", "Rivers" e "Leopard of honor" só ajudam você a se apaixonar pelo LP, e finalmente, "Libby's first sunrise" fecha do mesmo jeito que começa, quando termina o disco, você logo quer escutá-lo de novo. Chamber-Pop de primeirissima.

Nada Surf


Nada Surf - Lucky - 2008
Não há muito o que dizer sobre o Nada Surf, "Lucky" é mais um daqueles discos que vão parar nas trilhas sonoras dos seriados clichês da Warner ou da Fox. O Indie-Pop deles é sempre o mesmo, mas, nem por isso deixa de ser bom. O disco não começa tão bem quanto termina, "whose authority" poderia muito bem fazer parte de um lado b e não parte do disco, mas, após "Weightless" o disco cria força, "I like what you say" é toda bonitinha, "from now won" só reforça essa beleza, "ice on the wing" é uma continuação das duas anteriores, "the fox" já é uma preparação mais melancólica para o termino com "the film did not go round" que tem ares bastante parecidos com os ares de "Let Go" e que por sinal, é a melhor música do disco. Para quem gosta de Death Cab For Cutie ou Cake, essa é uma boa pedida, divirtam-se.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Hard to Explain [2]

Vamos para as explicações rápidas (ou não) dos nossos discos preferidos do ano que acabou de acabar.

1 - LCD Soundsystem - Sound of Silver

Este eu resenhei, faça o favor de ler.

2 - Kanye West - Graduation

Mais uma vez o cara prova ser o cara. 50 Cent pode se morder de inveja, e olha que o cara já foi melhor. E chamar o Chris Martin e conseguir fazer disso uma boa coisa não é pra qualquer um. Oh, não.

3 - Robert Wyatt - Comicopera

Seniôr Robert Wyatt com seus 62 anos e altas coisas bacanas no currículo (ainda que não sejam lá o que eu ouça sempre, vide o seu clássico Rock Bottom ou o Third dos progressivos jazz-fusioners do Soft Machine) lança um disco conceitual trágico e bonito com participação do Paul Weller, Brian Eno, Phil Manzanera e mais uma porrada de gente. Cabeçudice audível, com coisas malas legais de contar. Mas na verdade bem mais que isso.

4 - The National - Boxer

Não vai ajudar se eu disser que eu não ouvi mais nenhum disco dessa banda mas esse foi meu preferido pra fossas e coisas dessa espécie, afinal ao longo das audições é bem comum coisas como Nick Cave e Leonard Cohen aparecerem como referência.

5 - Radiohead - In Rainbows

Antes dessa lista ser idealizada sabia-se que esse disco constaria de qualquer forma, sem nem saber como ele seria, e nem saber que teria a sacada de mestre do 'Quer pagar quanto?'. E ainda os putos me deixaram com dor de deixar 'Videotape' fora da minha lista de músicas do ano.

6 - Battles - Mirrored

Talvez o disco mais bizarro dessa lista (se ferrou, Robert Wyatt), e eu de fato não esperava nada diferente dos loucos que fizeram parte de Don Caballero, Helmet, Lynx, Tomahawk... Math rock e krautrock a favor da esquisitice e diversão.

7 - Of Montreal - Hissing Fauna, Are You the Destroyer?

Não é difícil cair na piada de Kevin Barnes, nos ritmos ácidos e dançantes com synths alucinados setentistas. Ácidas também são as letras, e amargas, contrariando o passado doce e fofo do Of Montreal. E se você não se sentir arrepiado com 'The Past is a Grotesque Animal', quase 12 minutos de demônios expurgados e angústia sendo cuspida, sugiro que ouça com mais atenção e veja que essa foi a piada mais mortal do ano.

8 - Devendra Banhart - Smokey Rolls Down Thunder Canyon

O disco mais triste do Devendra até agora, e apesar de às vezes cansativo e de perder a força com algumas audições, belas canções como a mezzo-épica 'Seahorse', a rocker 'Tonada Yanomaminista', o sambinha 'Samba Vexillographica', a abertura 'Cristobal' [com Gael Garcia Bernal] e a bossa 'Rosa' [com Rodrigo Amarante] permanecem intactas e mais uma vez comprovam o poder do hippie de compor belas canções com referências sensacionais.

9 - Von Sudenfed - Tromatic Reflexxions

Já que eu não falei do LCD Soundsystem no lugar que era pra falar do LCD Soundsystem, Mark E. Smith sobre LCD SS: 'Ele que foi influenciado por mim, e não o contrário'. E é verdade. Mark E. Smith foi mentor do The Fall, importante banda do pós-punk inglês (e uma das preferidas deste que vos fala), banda essa que pregava o anti-virtuosismo, onde Smith arranjava uns idiotas que não sabiam o que fazem pra integrarem, e assim que eles aprendessem a tocar, eram sumariamente expulsos da banda. Von Sudenfed é um projeto mezzo-eletrônico (assim como o LCD Soundsystem) de Smith com o Mouse on Mars, dupla alemã de IDM, que sabem muito bem o que fazem.

10 - Panda Bear - Person Pitch

Num ano que o Animal Collective lançou um bom disco (e pára por aí), Panda Bear lança um baita disco. Porque afinal Beach Boys não é uma referência tão batida.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Hard to Explain

Estranho é que nós do sadfuckingsong, nem ao menos explicamos qualquer coisa sobre nossas decisões mas, hoje, resolvi deixar rápidos comentários sobre cada escolha mas, são todas rápidas mesmo pois, tempo é dinheiro. Já que as listas de top's do ano não param, estão aqui alguns porquês, ou seria por quês, ou por ques...


Panda Bear - Person Pitch


Nesta obra do Panda Bear, o post-rock é mostrado de uma maneira que eu ainda não havia escutado, merecidamente está aqui.




Beirut - The Flying Club Cup

Simplesmente lindo, a obra-prima de Zach Condon, o indie rock/folk do Beirut é incrível. O melhor disco do ano com certeza, só não o listei como, pois, não saberia posicionar os outros discos, 'The Flying Club Cup' realmente é algo que arrepia até o último pêlo, maravilhoso.


Devendra Banhart - Smokey Rolls Down Thunder Canyon

Apesar de longo e as vezes até cansativo, o disco é delicioso de cabo a rabo, as ótimas participações de Rodrigo Amarante e de Gael García dão um toque a mais nesse álbum.

Radiohead - In Rainbows

Era isso que uma banda como o Radiohead deveria fazer, e fizeram. Pague quanto quiser. Thom Yorke ainda não perdeu a inspiração para boas letras.


Of Montreal - Hissing Fauna, Are You the Destroyer?

Sarcasmo, esse deveria ser o nome do disco. Todos aqueles ritmos psicodélicos e títulos longos só escondem letras obscuras sobre um tal relacionamento, isso faz o álbum do Of Montreal ser sensacional.


Wilco - Sky Blue Sky

O Wilco nunca havia feito algo tão completo. Ao longo de todo o disco cada música se torna um verdadeiro deleite, muito, muito, muito bom.



LCD Soundsystem - Sound Of Silver

'sound of silver talk to me makes me want to feel like a teenager', como já disse um amigo meu, que apreciou MUITO mais do que eu, este belo trabalho, 'Sound Of Silver' representa o ano de 2007, álbum completíssimo.



Justice - †

Doce, sussurrante, apaixonante e viciante, está em vários top's pelo mundo, merecidamente.



Thurston Moore - Trees Outside the Academy

Thurston é um daqueles caras que mantém acesa a chama do rock, seu nome tem um peso do caralho na vida de muitos e na minha não é muito diferente, escutei esse disco seis vezes seguidas em uma noite e cheguei a conclusão de que se ano passado ele, com o Sonic Youth, lançou o 'Rather Ripped', uma obra-prima para uma banda com mais de vinte anos de carreira, e esse ano, apresentou o 'Trees Outside the Academy' que é maravilhoso, fico aqui imaginando o que ainda há por vir carregando esse nome. Falando do disco e não da genialidade e do potencial do Thurston, digo que ele fez diferença na minha vida, por isso está aqui.



Kanye West - Graduation

Nunca em minha vida, tinha escutado um disco de rap tão prazeroso, talvez porque não escute tanto rap quanto as outras coisas mas, nesse álbum o Kanye mostrou como produzir e fazer um bom rap, palmas para ele, palmas.

domingo, 6 de janeiro de 2008

here I go again on my own

Parafraseando o mestre da farofice David Coverdale (eu gosto dele no Deep Purple, guilty pleasure) começo essa lista, que devia ter saído antes, mas não saiu.
2007 foi bom, até. Só.

1 - LCD Soundsystem - Sound of Silver
2 - Kanye West - Graduation
3 - Robert Wyatt - Comicopera
4 - The National - Boxer
5 - Radiohead - In Rainbows
6 - Battles - Mirrored
7 - Of Montreal - Hissing Fauna, Are You the Destroyer?
8 - Devendra Banhart - Smokey Rolls Down Thunder Canyon
9 - Von Sudenfed - Tromatic Reflexxions
10 - Panda Bear - Person Pitch

Músicas

1 - LCD Soundsystem - All My Friends
2 - Of Montreal - The Past is a Grotesque Animal
3 - Jesu - Stanlow
4 - Beirut - Nantes
5 - A Place to Bury Strangers - To Fix The Gash In Your Head
6 - Kanye West - Stronger
7 - Justice - D.A.N.C.E.
8 - Grinderman - No Pussy Blues
9 - Wilco - Impossible Germany
10 - The Aliens - Setting Sun

É isso. Feliz 2009 pra todos.