terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Oscar 2008


Enfim, entregarão o bonequinho de ouro no dia 24 de fevereiro, no Kodak Theatre, em Hollywood. Lembrando que esta é a 80ª edição do Oscar.


Melhor ator
George Clooney ("Conduta de Risco")
Daniel Day Lewis ("Sangue Negro")
Tommy Lee Jones ("No Vale das Sombras")
Viggo Mortensen ("Senhores do Crime")
Johnny Depp ("Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet")

Melhor ator coadjuvante
Casey Affleck ("O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford")
Javier Bardem ("Onde os Fracos Não Têm Vez")
Philip Seymour Hoffman ("Jogos do Poder")
Hal Holbrook ("Na Natureza Selvagem")
Tom Wilkinson ("Conduta de Risco")

Melhor atriz
Cate Blanchet ( "Elizabeth: A Era de Ouro")
Julie Christie ("Longe Dela")
Marion Cotillard ("Piaf - Um Hino ao Amor")
Laura Linney ("The Savages")
Ellen Page ("Juno")

Melhor atriz coadjuvante
Cate Blanchett ("Não Estou Lá")
Ruby Dee ("O Gângster")
Saoirse Ronan ("Desejo e Reparação")
Amy Ryan ("Gone Baby Gone")
Tilda Swinton ("Conduta de Risco")

Melhor filme
"Conduta de Risco"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"
"Desejo e Reparação"
"Juno"

Melhor filme de animação
"Ratatouille" (Brad Bird)
"Tá Dando Onda" (Ash Brannon and Chris Buck)
"Persépolis" (Marjane Satrapi and Vincent Paronnaud)

Melhor diretor
Tony Gilroy ("Conduta de Risco")
Jason Reitman ("Juno")
Julian Schnabel ("O Escafandro e a Borboleta")
Paul Thomas Anderson ("Sangue Negro")
Ethan e Joel Coen ("Onde os Fracos Não Têm Vez)
Melhor direção de arte
"O Gângster"
"Desejo e Reparação"
"A Bússola de Ouro"
"Sweeney Todd - o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet"
"Sangue Negro"

Melhor fotografia
"O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford"
"Desejo e Reparação"
"O Escafandro e a Borboleta"
Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"

Melhor figurino
"Across the Universe"
"Desejo e Reparação"
"Elizabeth: A Era de Ouro"
"Piaf - um hino ao amor"
"Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet"

Melhor documentário
"No End in Sight"
"Operation Homecoming: Writing the Wartime Experience"
"Sicko"
"Taxi to the Dark Side"
"War/dance"

Melhor documentário de curta-metragem
"Freeheld"
"La Corona"
"Salim Baba"
"Sari's Mother"

Melhor edição
"O Ultimato Bourne"
"O Escafandro e a Borboleta"
"Na Natureza Selvagem"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"

Melhor filme estrangeiro
"The Counterfeiters" (Stefan Ruzowitzky - Áustria)
"Beaufort" (Joseph Cedar - Israel)
"Katyn" (Andrzej Wajda - Polônia)
"12" (Nikita Mikhalkov - Rússia)
"Mongol" (Sergei Bodrov - Cazaquistão)

Melhor maquiagem
"Piaf - Um Hino ao Amor"
"Norbit"
"Piratas do Caribe - No Fim do Mundo"

Melhor trilha sonora original
"Desejo e Reparação" (Dario Marianeli)
"O Caçador de Pipas" (Alberto Iglesias)
"Conduta de Risco" (James Newton Howard)
"Ratatouille" (Michael Giacchino)
"3:10 to Yuma" (Marco Beltrami)

Melhor canção original
"Falling Slowly" (Glen Hansard e Marketa Irglova - "Once")
"Happy Working Song" (Alen Menken e Stephen Schwartz - "Encantada")
"Raise It Up" (Autor a ser determinado - "August Rush")
"So Close" (Alan Menken e Stephen Schwartz - "Encantada")
"That's How You Know" (Alan Menken e Stephen Schwartz - "Encantada")
Melhor curta-metragem
"At Night"
"Il Supplente"
"Le Mozart des Pickpockets"
"Tanghi Argentini"
"The Tonto Woman"

Melhor animação de curta-metragem
"I Met the Walrus"
"Madame Tutli-Putli"
"Meme Lês Pigeons Vont au Paradis"
"My Love"
"Peter and the Wolf"

Melhor edição de som
"O Ultimato Bourne"
"Ratatouille"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Sangue Negro"
"Transformers"

Melhor mixagem de som
"O Ultimato Bourne"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Ratatouille"
"3:10 to Yuma"
"Transformers"

Melhor efeito especial
"A Bússola de Ouro"
"Piratas do Caribe - No Fim do Mundo"
"Transformers"

Melhor roteiro adaptado
"O Escafandro e a Borboleta"
"Onde os Fracos Não Têm Vez"
"Desejo e Reparação"
"Longe Dela"
"Sangue Negro"

Melhor roteiro original
"Juno"
"Lars and the Real Girl"
"Conduta de Risco"
"Ratatouille"
"The Savages"

sábado, 2 de fevereiro de 2008

frases cinematográficas martelando over and over



"Esqueça, Jake. É Chinatown."

E a câmera sobe diante do caos duma até então pequena L.A. e um inconfundível jazz noir atinge as têmporas em um dos finais mais amargos de todos de um dos maiores filmes de todos.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Lee Hazlewood – Requiem for an Almost Lady (1971)



“In the beginning there was nothing… but was kinda fun to watch nothing grow”.

Basta uma frase pra você ser jogado numa atmosfera Sergio Leone e basta um violão nostálgico tilintar pra você ver que talvez bem mais que isso. Ao invés do Charles Bronson chegar num trem tocando gaita, o que é aqui apresentado é algo que poderia ser. “You came walking into my life, carrying your own dreams. You could be, yeah, you could be good. Then why are you so God damned mean?” lamenta na abertura “I’m Glad I Never”. E “Be sure glad I never owned a gun”, alerta. Tudo se acabou, acabar com a vida de um ou de outro? Agora resta o pesar e tentar se recuperar, não? Essa é uma maldita lógica e aí entra Requiem for an Almost Lady.
Lee Hazlewood é influência básica para Tindersticks, Nick Cave, Lambchop e outros torturados, mas foi mais conhecido (pero no mucho) por compor diversas canções para a Nancy Sinatra (até interpretou algumas em conjunto), como “Some Velvet Morning” e “These Boots are Made for Walkin’”.
Arranjador experimental (vide o cultuado “Cowboy in Sweden”) e um letrista ríspido e por vezes hostil, aqui se mostra sóbrio. Na supracitada abertura ainda é sardônico assim como na animada (afinal, é a penúltima e ele está superando esse mal do amor) “Must Have Been Something I Loved” e na última e renovadora “I’d Rather Be Your Enemy”. Mas durante os 25 minutos e meio de duração do disco o que predomina são músicas universalmente belas e de fácil identificação como “Come on Home to Me” e “If It’s Monday Morning”. Um clássico da decepção amorosa, atemporal e humano.
Barton Lee Hazlewood morreu em 4 de agosto de 2007, aos 78 anos, motivo oportuno para ser redescoberto, mas até agora que eu saiba não relançaram nada do cara. Uma pena.


“And in the end there was nothing... but believe me, there was no fun waiting for nothing to end"

A seguir é mais uma sessão copiada de outras publicações (se você for um pouco esperto perceberá que é um genérico da saudosa Discoteca Básica da Bizz), e nós publicamos porque temos vontade, o que sugere que se nós quisermos escrever uma resenha elogiando os Ecos Falsos, nós escreveremos, e a você não resta nada além de nos visitar no pinel (o que se você for um pouco esperto perceberá que nós não temos a manha/cara de pau/burrice/etc. de fazer, mas eu respeito o Tom Zé por conseguir faze-lo, e ainda mais o Sergio Dias por xingá-los).
E nessa sessão publicamos discos que merecem ser ouvidos, seja por sua influência notável, por sua coesão, ou por simplesmente nós gostarmos muito deles e acharmos que eles merecem ser propagandeados. Preferência para discos subestimados/esquecidos, afinal, acho que você não agüenta mais ouvir elogios ao Sgt. Peppers (apesar de que eu não gosto muito desse), Astral Weeks, Pet Sounds, Blonde on Blonde...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

You! Me! Dancing!


Los Campesinos! - Hold on now, youngster... - 2008


Los campesinos é mais uma daquelas bandas em que os integrantes adotam o mesmo sobrenome, no caso, Campesinos, e fazem aquele rock rápido, energético e direto, prontos para conquistar os jovens corações em fúria, e, é apenas isso, não á nada que ao escutar "You! me! dancing!" não seja explicado, o álbum começa com "Death to Los Campesinos!" e até terminar o disco você pensa que está escutando a mesma música mas, o detalhe é que quanto mais você escuta mais gosta, acho que essa era a intenção deles, ganharnos na insistência.


terça-feira, 29 de janeiro de 2008

carajo!


Mars Volta é bizarro, né? Depois de quatro discos parece cada vez mais distante a idéia que as duas mentes principais dessa arma de destruição em massa eram as duas mentes principais da saudosa At the Drive-in (que um amigo meu nesse blog odeia, chama de screamo). Na verdade, ninguém mais nem chega a citar o ATD-I. E ainda tem o John Frusciante fazendo algo digno de sua pessoa criativa (Stadium Arcadium?). E se antes o Mars Volta tinha toda aquela coisa progressiva post-hardcore (pára um pouquinho, descansa um pouquinho), isso não está tão presente aqui. Ainda é rock progressivo (você encontra diversas músicas influenciadas por King Crimson, além de flautinhas em “Cavalettas”, e é um disco conceitual sobre o poder do oculto inspirado numa tábua Ouija), mas sem muito descanso. Na verdade arrisco dizer que tá mais pra um Mr Bungle sem piadinhas e carregado no thrash metal. Sem muitas paradas pra descansar, sempre experimentando com tape loops e vocais esquizofrênicos, além dos habituais flertes com free jazz. Fraturado e complexo, com os vocais fortes de Omar Rodriguez Lopez (cada vez mais anasalados) e a demolição guitarrística de Cedric Bixler-Zavala. Vide as duas faixas de abertura, “Aberinkula” e “Metatron”, ensurdecedoramente belas. Mas só em “Ilyena”, terceira faixa que o Mars Volta mostra qual é o plus do álbum (além do volume altíssimo a lá Acid Mothers Temple): grooves. Depois do começo esquisito, vem um baixo marcante roubado do Larks Tongues in Aspic e guitarras descaradamente Hendrix. “Wax Simulacra”, o single, soa como um Don Caballero (cortesia do novo e monstruoso baterista) nos anos 70. E com um final bem Battles.
O disco se sustenta por mais de uma hora (obviamente com uns momentos cansativos, como “Askepios”), supera o Amputechture (tem momentos que empatam com os do De-Loused in Comatorium, um dos melhores discos desse século, caso você não saiba) e supre a necessidade dum disco barulhento e original (porque o último do Icarus Line foi uma decepção, viu). Enquanto estiver assim, ótimo.

Nonsense






Quem não conhece o Woody Allen? acho que todo mundo já viu um filme dele até sem querer e deu umas boas risadas. Desde "What's new, pussycat?" de 65, passando por filmes maiores como "Bananas" 71, "Annie Hall" 77, "Manhatann" 79, "Celebrity" 98 e "Match Point" 05, ele vem fazendo filmes abordando temas como arte, religião, romance... com todo um humor sofisticado e peculiar mas, não para por ai, ele é clarinetista de jazz amador e também escritor, e é sobre seus livros que vamos falar.

Após quase trinta anos sem publicar nenhuma de suas antologias humorísticas chega "Fora de órbita". O livro foi lançado no Brasil na segunda metade de dezembro e vem com todo aquele charme típico das suas primeiras publicações, como "Que loucura!", "Sem Plumas" (meu favorito) e "Cuca Fundida", mais uma vez ele lança suas crônicas recheadas de humor no ritmo nonsense, sempre apostando nas satiras teocentristas e na sua própria filosofia sobre as coisas que acontecem na nossas vida, ou as que não acontecem também, resumindo tudo, é um livro divertido, Woody ainda não perdeu a graça. Na verdade um cara que fala que "sexo é a coisa mais divertida que eu fiz sem rir" nunca perderá.