Eu confesso que eu ia começar publicando minha lista de discos preferidos deste ano que acaba de começar a acabar, mas senhor Rud-boy falou pra eu resenhar este (que é meu disco preferido deste ano que acaba de começar a acabar), e eu até gostei da idéia. Até porque eu e ele já discutimos muito a respeito do mesmo. Eu desde sempre tascando que tratava-se de uma maldita obra-prima que representa esse nosso tempo como nenhuma outra, e ele dizendo que era um disco corta-foda com algumas canções excelentes e outras ruins.
Essa resenha está atrasada, logo se percebe, mas é que o impacto do disco não acaba. É uma delícia ver o jeito que James Murphy utiliza a suas referências (que já eram bem esbanjadas em 'Losing my Edge', hino do primeiro disco, que falava até nos sensacionais Monks, aka minha banda preferida dos anos 60), pós-punk, krautrock (que fez meu pai perguntar se 'Get Innocuous!' era Kraftwerk), funk, synths, glockenspiels até chegar numa baladinha linda à la Velvet na sua fase menos agressiva ('New York I Love You, But You're Bringing Me Down', que mesmo bonitinha dispara farpas à cidade homenageada)...
Ranço nerd de encher os olhos ao ver referências sendo deixado de lado, 'All My Friends' é pra mim a melhor música do ano, a letra que mais me desossou e mais me fez perceber que o futuro de James Murphy é sim o melhor desenhado este ano.
P.S: recomendo a todos ver senhor Rudgero dançando 'Us v Them', música esta que ele considera bem chata. Não dêem ouvidos a ele, por favor.
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